artur barrio

(porto,1945)

 
  • Nome incontornável da arte brasileira, Artur Barrio é um artista radical, reconhecido por uma obra disruptiva e contestatória. Nascido no Porto em 1945, Barrio estabeleceu sua residência no Rio de Janeiro em 1955, onde deu início à sua trajetória artística em meio à efervescência da arte experimental. Sua produção artística se destaca por um caráter marcantemente violento e de rejeição das normas tradicionais, contribuindo para uma nova abordagem nas relações estabelecidas com a arte, o corpo, a cidade e a realidade circundante. Ao desmistificar os espaços assépticos e institucionalizados da arte por meio da utilização de materiais efêmeros e perecíveis, Barrio estreita a intersecção entre a arte e a vida, ao mesmo tempo em que amplia a percepção sensorial do público.

    Vencedor do prestigiado Prêmio Velázquez (2011), seu extenso currículo inclui a 54ª Bienal de Veneza (2011), a 11ª Documenta de Kassel (2002), diversas participações na Bienal de São Paulo. Suas exposições individuais incluem: Experiencias y Situaciones, Museo Reina Sofía - Madrid (2018), ... Navegações/Divagações ... Por Entre Escolhos e Baixios ..., Museu de Serralves - Porto (2012); Regist(r)os, Museu de Serralves - Porto (2000); Artur Barrio, Museo Tamayo - Cidade do México (2008), Réflexion…(s)…, Palais de Tokyo - Paris (2005), Interminável, CIAJG - Guimarães (2023); A Metáfora dos Fluxos, MAM - Rio de Janeiro (2001); entre muitas outras. Suas obras integram importantes coleções públicas: MOMA - Nova York; Centre Georges Pompidou - Paris; S.M.A.K - Stedelijk Museum voor Actuele Kunst – Gante; Pinacoteca - São Paulo; Inhotim - Brumadinho; entre muitas outras.

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"Existe uma insurreição natural na obra de Barrio contra todos os grilhões que possam afetar a liberdade formal e espiritual da arte. Soluções bizarras, formas escatológicas, escritas sujas, disparates semânticos, assaltos à normalidade são todos maneiras de contrariar a ordem instituída, mesmo que seja preciso usar de violência. A violência como síntese última de toda ação libertária, como contrapartida a toda dívida e a toda culpa."

/ Ligia Canongia, 2002

 
 


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