artur barrio: é bonita a festa, pá - artistas do brasil em portugal desde o 25 de abril
Artur Barrio participa da coletiva 'É bonita a festa, pá! - A presença de artistas do Brasil em Portugal desde o 25 de abril' que tem abertura hoje, 19 de outubro, no espaço NowHere, em Lisboa.
O fluxo migratório de artistas brasileiros para Portugal entre 1974 e 1976 e nos últimos dez anos é mote da pesquisa das curadoras Cristiana Tejo e Helena Mendes Pereira para a exposição que comemora os cinquenta anos da Revolução dos Cravos. Apresentada inicialmente entre março e junho deste ano para o Ciclo de exposições da Bienal Internacional de Cerveira, a segunda versão da mostra é focada na parte documental das experiências dos artistas exibidos.
Barrio, que retornou em julho de 1974 a Portugal, após 18 anos longe do país, "durante 4 meses perambulou, deambulou e viajou de Norte a Sul de Leste a Oeste por um país em revolução", como conta Tejo no texto do catálogo de 'É bonita a festa, pá!'.
Em uma primeira passagem "quase anônima", nas palavras de Tejo, o artista desenvolve "trabalhos em espaços abertos praias, bouças e campos dando continuidade ao trabalho começado no Rio de Janeiro com materiais locais, diferentes dos que já utilizara no Brasil". Entre eles, '4 Movimentos', 'Metal / Sebo / Frio / Calor ... ', 'Armadilha ... 1974' e '4 pedras'. Num segundo momento, já em 1975, Barrio se aproxima da cena artística local e desenvolve 'Áreas Sangrentas', a continuidade de '4 Movimentos', 'Duas facas', 'S ......... NA BOUÇA .......................' e 'POR.TU.GAL'.
Parte das obras e registros das ações de Barrio compõem a curadoria da exposição, que segue em cartaz até 10 de novembro. O programa prevê ainda a publicação de entrevistas com os artistas participantes em plataforma digital.
Artur Barrio: É bonita a festa, pá! - A presença de artistas do Brasil em Portugal desde o 25 de abril
19 out - 10 nov 2024
Curadoria de Cristiana Tejo e Helena Mendes Pereira
NowHere
Lisboa, Portugal
artur barrio, 4 pedras (detalhe). foto: cortesia nowhere