artur barrio: arte subdesenvolvida
500 sacos de plástico contendo sangue, pedaços de unhas, salivas, cabelos, urina, e outros dejetos orgânicos, foram lançados em diferentes endereços no Rio de Janeiro. A ação de Artur Barrio, registrada por César Carneiro, decorreu na primeira quinzena de abril de 1970. Em texto, Barrio pontua que o objetivo foi a "fragmentação do cotidiano em função do transeunte".
As fotografias resultantes estão em exibição na exposição coletiva “Arte Subdesenvolvida”, curada por Moacir dos Anjos, agora em exibição no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, após itinerância em São Paulo e Belo Horizonte.. A mostra é articulda a partir de diferentes mídias e costura, de maneira crítica, as diferentes interpretações e problemáticas em volta do conceito de subdesenvolvimento. "O recorte da exposição é de 1930 ao início dos anos 1980, quando houve a transição de nomenclatura, no debate público sobre o tema, como se fosse algo natural passar do estado do subdesenvolvimento para a condição de desenvolvido,” conta Moacir. “Em algum momento, perdeu-se a consciência de que ainda vivemos numa condição subdesenvolvida”, finaliza.
A obra de Barrio está na sala que leva o tema “Brasil é meu abismo”, com expografia formada por obras realizadas durante o período da ditadura militar e focada nas diferentes estratégias criadas por artistas para driblar o regime.
Artur Barrio: Arte Subdesenvolvida
19 fev - 05 mai 2025
Curadoria de Moacir dos Anjos
Centro Cultural Banco do Brasil
Rio de Janeiro, Brasil
artur barrio, defl…………-situação-+S+……….ruas………,1979. foto: cortesia central