gustavo speridião: o fermento revista
"(…) Mas não são palavras. São pinturas. E Speridião articula a palavra-pintura com a pintura de formas desenformadas, prezando pela importância da presença desses recursos na composição. Mais uma vez, parece que os rótulos não dão conta do que o artista pretende propor. Expressionismo? Abstracionismo? Informal ou geométrico? Ao se mostrar o artista preocupado e dedicado a esse tipo de debate teórico, seus resultados acabam por renovar e atualizar a teoria e a prática. Tudo está lá, e ele se utiliza de tudo: a superfície bidimensional, a possibilidade de levantar uma espacialidade nesse suporte, as massas de tintas, o preto, o branco e suas gradações, o rastro gestual do corpo, o intelectual e o emocional."
/ Paulo Couto