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marilia furman: vazio e dilúvio


17 ago - 26 out 2024
curadoria de deyson gilbert

marilia furman, sem títutlo (still), 2024. foto: cortesia da artista

  • A Central anuncia a abertura de "Vazio e dilúvio", de Marilia Furman, no sábado,17 de agosto. A primeira individual da artista no Brasil tem curadoria de Deyson Gilbert.

    Ao longo de sua produção, Marilia Furman vem levantando questões sobre o caráter de crise e colapso iminente do sistema de produção de mercadorias (ou, capitalismo tardio). Seja por meio de apelos à sensibilidade imediata através de mecanismos que colocam matérias-primas como vidro, parafina e gelo em conflito; seja através da apropriação e desvio de significados de objetos e imagens, a artista busca moldar estruturas de violência e dominação social. Nos últimos anos, Furman se voltou principalmente para uma discussão da conjuntura política brasileira, com trabalhos que recorrem a símbolos nacionais, militares e elementos visuais da indústria cultural do país, tratando tal cenário como parte de um fenômeno global de intensificação violenta da desintegração social e destruição material. 

    Vazio e Dilúvio aborda criticamente esses fenômenos, assumindo a alegoria do dilúvio como elemento norteador de suas reflexões e trabalhando com imagens de excesso e de sobras da superprodução simultaneamente. Os trabalhos apresentados articulam elementos de guerra, violência, desenvolvimento técnico e cultura de massa e catástrofe climática.

    A constatação da falência do mundo e de sua incorporação na normalidade cotidiana são sugeridas já na entrada da exposição, a partir de uma interferência na topografia da galeria.  Trabalhando com a escala e luminosidade do espaço, entre outras operações, a artista propõe uma alteração de percepção que busca implicar diretamente o corpo do espectador.

    Marilia Furman participou de residências artísticas no Pivô - São Paulo (2019); Studio Pharus - São Paulo (2018), além do Programa Independente da Escola São Paulo para Artistas e Curadores (PIESP), onde foi contemplada com a bolsa-prêmio (2014).

    Suas exposições individuais incluem: Heroico, performance instalativa de longa duração realizada na Publica - São Paulo (2022), MONSTRUOUS, na PSM Gallery - Berlim (2022), Ver, no Auroras - São Paulo (2019), Wrong Position, na PSM Gallery - Berlim (2019), entre outras. Suas exposições coletivas incluem: ContraMemória, Theatro Municipal - São Paulo (2022); No presente, a vida (é) política, Central Galeria - São Paulo (2020); Construção, Mendes Wood DM - São Paulo (2020); Deus está solto!, Galeria Jaqueline Martins - São Paulo (2017); Um Trabalho | Um Texto - São Paulo (2017); Now/Here, Franz Josefs Kai 3 - Viena (2016); Rumos Artes Visuais, Itaú Cultural (2012-2013). Em 2023 foi indicada ao Prêmio PIPA. A artista também é representada pela PSM Gallery.

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